segunda-feira, 16 de maio de 2011

PRÉ-SAL EM ATRASO


O processo da Petrobrás para contratação de sondas de perfuração para o pré-sal pode sofrer novos atrasos, caso prevaleça a alternativa de cancelamento das propostas apresentadas no fim de 2010. De acordo com fontes do setor, a estatal estuda suspender a concorrência e abrir nova licitação.
Com isso, os primeiros contratos só seriam assinados entre fevereiro e março de 2012, e a demora na entrega dos equipamentos poderia comprometer o cronograma de perfuração. Entre as consequências do atraso está a necessidade de afretamento de outras sondas para operar no intervalo de tempo entre a data que estava prevista para entrega das unidades e o novo prazo a ser estabelecido na nova licitação.
Entre técnicos do setor e fontes do Governo do Rio, há o temor de que a falta de encomendas por um período que pode chegar a mais de dez meses acarrete demissões em massa em estaleiros. A expectativa é de 3 mil a 4 mil demissões.
Licitação cancelada
Segundo a Agência Estado apurou, a Petrobrás analisa a possibilidade de assinar apenas o contrato com o Estaleiro Atlântico Sul (EAS), para a construção de sete sondas – que constavam do pacote inicial de 28. A licitação para as demais 21 unidades seria cancelada.
Numa nova concorrência deverão ser convocados quatro armadores além da empresa Sete Brasil, recém-criada por fundos de investimentos e que conta com a participação da Petrobrás, como sócia e gestora.
Sete Brasil
No processo licitatório que está sendo elaborado, apenas a Sete Brasil poderia dar o lance para o pacote total de 21 unidades, que seriam construídas em estaleiros brasileiros contratados diretamente por ela.
Os demais armadores poderão apresentar propostas para apenas quatro sondas cada um.
Caso o valor da Sete Brasil para as 21 unidades seja o menor e ela arremate todas, a Petrobrás pode vir a contratar mais um pacote de quatro sondas ao segundo colocado.
A proposta teria sido apresentada pelo Diretor de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, em reunião com a presidente Dilma Rousseff na semana passada, quando foi discutida a revisão do plano de investimentos.
Processo acelerado
A proposta substitui a anterior, elaborada pela equipe de engenharia, na qual as propostas apresentadas na licitação para as 28 sondas seriam repassadas à Sete Brasil para negociação direta. Nesse caso, dizem técnicos, o processo poderia ser acelerado e não haveria nova cotação, que pode elevar o valor do contrato.
A principal causa da discussão sobre o processo licitatório foi o preço elevado apresentado pelos concorrentes.
A estatal já havia cancelado outras duas licitações que estavam correndo em paralelo para o afretamento de outras seis sondas, também por causa dos preços inflacionados.

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